sexta-feira, 19 de junho de 2009

RE-EVOLUÇÃO CUBANA

INTRODUÇÃO

Este trabalho tem por intuito enfatizar as peculiaridades da Revolução Cubana Algo que torna-se possível apenas após o evidencia mento de suas bases sociais e sua construção Político-ideologica intrinsecamente ligado as suas práticas , Longe porém da intenção de ser Prolixo, abordarei, hora com profundidade, ou em outras, com caráter prático os acontecimentos a desembocar na vitoriosa Revolução Cubana,em 1959.


RE-EVOLUÇÃO CUBANA

No dia 1º de Janeiro de 1959, brota em Havana uma semente que estava até então estéril ou infrutífera, Revoluito-õnis, palavra Latina que à partir do século XVII toma a conotação a qual lhe atribuímos ainda nos dias de hoje.
Revolución nada mais é do que uma mudança radical na estrutura econômica, política e social de um estado. (1)
Esta data longe de limitar-se apenas a ilha de Cuba, passa a ser uma linha demarcatória na História da América Latina; A partir de então, fiquemos atentos a duas palavras: Revolución e Socialismo, afim de aproximarmo-nos de uma compreensão do contexto que tornou-se peculiar da sociedade Cubana.

O INICIO DA EXPLORAÇÃO: A DOMINAÇÃO ESPANHOLA

A partir de 1492 temos (segundo os registros disponíveis) a 1º mudança radical no cenário político-social da ilha, pois se antes, havia uma sociedade (indígena) que quando comparada com a disparidade e competitividade capitalista, torna-se fácil supor que possuía em contraste a esta, uma certa harmonia social. Em substituição a esta, temos uma reorganização social sob os moldes Espanhóis de colonização, e, para este período teremos de contentarmo-nos com a interpretação de Emir Sader, que por sua vez , a desenvolve de forma admirável, e lançar-nos-emos a sua ótica, para um breve entendimento deste período.
O mesmo articula seu raciocínio argumentando que a história Cubana não se diferencia das outras nações latino-americanas apenas a partir da vitória Revolucionária , em 1º de Janeiro de 1959, e, que cuba foi o primeiro lugar em que se estabelecerão os espanhóis, e a partir dela adentram ao continente.
Liderados por Hernán Cortés, parte a milícia espanhola para o primeiro genocídio das populações indígenas,




(1) ver CUNHA,Antonio G. da. “Dicionário Etimológico Nova Fronteira da Língua Portuguesa”, São Paulo, ed. Nova Fronteira,1997.

“Cuba foi o primeiro país a ser pilhado em suas riquezas naturais para os conquistadores ibéricos .foi lá que se construíram a primeira catedral e a primeira universidade da América
Tendo sido a primeira colônia espanhola , cuba foi também a última. A escravidão só foi abolida em cuba em 1886-apenas pouco tempo antes do Brasil - e, junto com Porto Rico, foi um dos paises que não conseguiram se tornar independentes da Espanha nas primeiras décadas do século XIX.
Concentrando durante muito tempo grandes riquezas do império Espanhol, Cuba foi um país por onde cruzavam muitas rotas marítimas e , com ela, as idéias que circulavam entre os continentes.Combinavam-se assim ,em Cuba, a sobrevivência da escravidão e das correntes de pensamento mais progressistas da América...”(2)


Para a utilização de tais hipóteses, nos serão necessário o devido cuidado que se tem ao extrair o fruto da colméia, pois ao afirmar que passava por cuba as idéias que circulavam no continente, leva-nos a concluir que havia uma absorção destas idéias por parte da sociedade, quando na verdade esta absorção, deu-se em um mínimo fragmento desta sociedade(referente a porcentagem ínfima da sociedade que tinha acesso a Eduação), algo fácil de visualizar quando pensamos na hierarquia colonial Espanhola que dava-se da seguinte forma:
-Chapetones
-Crioulos
-Mestiços
-Indios
-Escravos Africanos
De forma que haverá uma promoção destes ideais, sob forma maciça, apenas quando ir ao encontro a interesses tais como: A necessidade de Independência Nacional com o intuito de propiciar uma redução de impostos e a possibilidade de uma abertura comercial , não obstante a isto, a viabilidade de uma hipótese contrária torna-se praticamente insustentável.





(2)ver SADER, Emir. Cuba, Chile, Nicarágua: socialismo na América Latina. Col. História Viva. 9ª Ed. Atual Editora. São Paulo, 1992. p. 6.
CARACTERISTI CAS DA CUBA COLÔNIA

As estruturas sociais de Cuba em seu período colonial não diferem muito das estruturas implantadas nas demais colônias Espanholas. O capitalismo mercantil ocupa neste cenário sua principal atividade econômica baseada na agricultura latifundiária e monocultora, voltada para a plantação de cana-de-açúcar, e a forte presença do Cristianismo Católico tentando desenvolver o papel de uni-formização ideológica, e somado a estas, a má administração( que compreende desde o sistema de portos únicos as frotas anuais), desta forma, teremos como resultado um alto nível de exploração sob as classes menos privilegiados.


A LUTA PELA IN-DEPENDÊNCIA

...“Em que Pátria Pode o homem ter mais orgulho do que em nossas Repúblicas dolorosas da América , levantadas entre as massa mudas de índios, ao rumor da luta contra o círio,sobre os braços ensangüentados de uma centena de Apóstolos ?...
JOSÉ MARTÍ

Devido a exploração, teremos por resposta, um descontentamento por parte da burguesia cubana que via-se impedida de aumentar seus lucros graças administração Espanhola que exatamente por ser baseada na exploração, não possibilitava em larga escala mobilidade social, e, influenciados pelos ventos iluministas e da revolução industrial (liberdade de comercio), iniciam um movimento de libertação nacional, e para dar legitimidade as intencionalidades burguesas teremos a promoção de uma certa identidade nacional, fator que fica evidente com as palavras de Martí acima citadas.

No entanto essa libertação em relação à Espanha não se deu nem de forma simples nem de forma rápida. Inicialmente vale ressaltar que Cuba representava um grande potencial econômico, uma vez que, com a Divisão Internacional do Trabalho havia se tornado uma das maiores produtoras de açúcar do mundo, o que levava tanto a Espanha quanto os Estados Unidos, a investirem, o que fosse possível, nas disputas pela dominação da região. Assim temos três momentos cruciais ao longo do processo de

transição entre a dominação espanhola e a dominação norte-americana (3):

Primeira Guerra de Independência (1868 – 1878), também conhecida como Guerra dos Dez Anos; fortemente marcada pela contradição entre colônia e metrópole, esse conflito foi liderado pela burguesia açucareira cubana;



Segunda Guerra de Independência (1895 – 1898); aqui, apesar dos conflitos terem se estabelecido em um clima favorável a Cuba, ainda não seria de Cuba a vitória, uma vez que os interesses norte-americanos já haviam chegado ao ponto de temer que Cuba, uma vez se desvencilhando da dominação espanhola não se submetesse ao seu controle. Ainda seria necessário ao menos mais um grande conflito para que os Estados Unidos conseguissem o seu intento: tomar Cuba dos espanhóis.

Guerra Hispano-Americana (1898-1901), com o interessado apoio dos Estados Unidos, Cuba consegue sair da dominação espanhola, caindo, inevitavelmente na dominação norte-americana.



ENTRE A CRUZ E A ESPADA

... “ É um dever meu evitar, mediante a independência de Cuba,que os Estados Unidos se estendam pelas Índias ocidentais e caíam com maior força sobre outras terras da nossa América. Tudo que fiz até agora e tudo que faça de agora em diante tem essa finalidade[...] conheço o monstro porque vivi em suas entranhas e minha única arma é a funda de Davi”.(4)




(3) ver AQUINO, Rubim Santos Leão de. & JESUS, Nivaldo Freitas de Lemos & OSCAR Guilherme Pahl Campos Lopes. “História das sociedades americana”s. Ed. Ao Livro Técnico. Rio de Janeiro, 1990.

(4) ver SADER, Emir. Cuba, Chile, Nicarágua: socialismo na América Latina. Col. História Viva. 9ª Ed. Atual Editora. São Paulo, 1992. p. 7.



Apesar de todo o esforço de Martí em fundar o partido Revolucionário e liderar o exército de camponeses armados fundamentalmente com facões, contra o exército colonizador munido de armamento a pólvora (5), Foi inevitável, após sua independência impedir a dominação norte-americana devido a desestruturação política que a nação atravessava, e, após os três últimos anos de Guerra com a Espanha, seria além de inviável uma tremenda tolice travar uma guerra com um inimigo tão próximo e tão poderoso(EUA), desta forma com sua constituição ainda em formulação e a intensa pressão por parte dos Estados Unidos através da presença de seu exército na capital Havana, a Cúpula política Cubana não teve outra alternativa senão anexar a sua constituição o que viria a ser seu pior pesadelo: A Emenda Platt.

A POLÍTICA NEO-COLONIZANTE DOS E.U.A

“Existem leis de gravitação política, assim como as há de gravitação física: assim como uma maçã arrancada da árvore pela força do vento, mesmo que não queira, somente pode cair no solo, Cuba, uma vez rompida a conexão que a liga à Espanha, deve, necessariamente gravitar para a União norte-americana.” (6)


A Emenda Platt foi uma proposta apresentada no parlamento dos EUA pelo senador Hitchcock Platt, e por conseguinte, teve de ser anexa a constituição de Cuba,
Os principais objetivos desta emenda são:

“1. Que o governo de Cuba nunca deverá ingressar em qualquer tratado ou outro pacto estabelecido com qualquer potência estrangeira (...)”.

3. Que o governo de Cuba permita que os Estados Unidos exerçam o direito de intervir o sentido de preservar a independência cubana, manter a formação de um governo adequado para a proteção da vida, propriedade e liberdade individual (...)

4. Que todos os decretos dos Estados Unidos em Cuba durante sua ocupação militar sejam ratificados e validados (...)


(5) ver Cáceres,Florival.“História da América”,São Paulo, ed. Moderna, 1980.
(6) ver Afirmativa do secretário de Estado dos EUA, John Quincy Adams, em 1823. LAMORE, J., Cuba, PUF, p. 29 e 30. In: História das Sociedades Americanas. P. 390.
7. “Que, a fim de auxiliar os Estados Unidos a sustentar a independência cubana (...), o governo de Cuba deverá vender ou alugar terras aos Estados Unidos necessárias para a extração de carvão para linhas férreas ou bases navais em certos locais especificados de acordo com o presidente dos Estados Unidos (...)” (7).

... “ Durante a primeira metade do século XX a história de Cuba foi a de quase anexação política, seja direta — houve três ocupações militares norte-americanas da ilha -- seja indireta, por meio de ditaduras ou governos fantoches, submissos à embaixada dos EUA em Havana. Economicamente centrada na produção de açúcar, Cuba passou a ter seu comércio exterior totalmente voltado para os Estados Unidos, que vieram a controlar também os principais engenhos. Por isso a historiografia Cubana fala do país como neo-colônia norte-americana nesse período e de seu sistema político como uma proto-república .
Esse estatuto somente aumentou os paradoxos de Cuba como país: os EUA passaram a controlar 90% das minas, 50% das terras, 67% das exportações e 75% das importações. Dentro desse império de situavam a maior fábrica de Coca-Cola do mundo- valendo-se do açúcar barato da ilha- e a mais poderosa gráfica de língua espanhola- a da revista seleções.
A primeira linha aérea internacional regular, criada pela então poderosa companhia Pan American, foi entre Miami e Havana.
Um desses ditadores sustentados pelo governo norte-americano - Gerardo Machado – foi derrubado por um grande movimento popular, em 1933,que aos poucos foi sendo açambarcado por militares, dentre os quais ressaltava um sargento - Fulgêncio Batista – mais tarde eleito Presidente da república. O governo de Batista, assim como o dos dois presidentes que o sucederam , foi vitima da corrupção e da subordinação aos EUA, tradicionais na política cubana em toda a primeira metade do século.
Quando ocorreu a possibilidade de que um partido de oposição triunfasse nas eleições convocadas para 1952, com uma bandeira de moralização e soberania nacional, o mesmo Fulgêncio Batista – agora oficial do exército cubano – deu um golpe militar e voltou ao poder. O membro do Partido impossibilitado de vencer nas eleições, o advogado recém formado Fidel Castro,..”.(8)


Segundo Santo Agostinho: “A esperança tem 2 irmãs; a raiva e a coragem.” E ainda nesta ótica Fabiana Schleumer declara que: “A opressão tem uma irmã gêmea; a resistência.” Veremos então o resultado desta dominação opressora e exploradora. A articulação de uma consciência política formada e forjada à custa da miserabilidade social presente no cotidiano da grande massa.







(7)ver Artigos da Emenda Platt. MORRIS, R. B. Documentos Básicos da História dos Estados Unidos. pp. 181 – 183. In: História da sociedades Americanas. P. 391.

(8)ver SADER, Emir. Cuba, Chile, Nicarágua: socialismo na América Latina. Col. História Viva. 9ª Ed. Atual Editora. São Paulo, 1992. p. 7.
... “ ‘ Antes eu vivia desempregado vários meses por ano.’ ‘Isso era antes’ ‘Antes era impossível para alguém como eu chegar a ser o que sou.’ Logo se percebe que se trata de ‘Antes da Revolução’. Impossível para eles[os cubanos] não dividir sua vida em um “antes” e um “depois”.(9)

Este relato, trata claramente da situação pré-revolução onde grande parte de camponeses que não possuía ou não havia condição de produzir em suas terras, conseguia emprego apenas no período de colheita da cana-de-açúcar por onde girava a maior parte da economia cubana. Esta é sem duvida, uma entre a enorme gama problemática que encontraremos para o período. Durante os últimos anos da ditadura de Fulgencio Batista , a corrupção do governo e a opressão contra o povo cubano, atingiram níveis insuportáveis . O momento foi oportuno para a reação. Mas tais ideais, poderiam ter surgido do nada?

SOCIALISMO ANTÍDOTO?

“ Ao criar o primeiro estado socialista da História, a revolução Bolchevique de 1917, na Rússia, significou para muitos a esperança de um novo mundo, sem grandes desigualdades sociais.
Terminada a segunda Guerra Mundial, esse desejo parecia cada vez mais próximo de se realizar. Em diversos paises da Europa, os movimentos Socialistas cresciam e ameaçavam os Governos estabelecidos.
No leste Europeu, a União Soviética ajudava os grupos de orientação Comunista a tomar o poder. O mesmo movimento podia ser observado na Ásia, em especial na China, País com a maior população do mundo.
No fim da década de 1950, o comunismo chegaria a América Latina, na pequena ilha de Cuba, provocando o temor nos norte-americanos de perderem aliados territorialmente próximos. O avanço do Comunismo - não por acaso – amedrontava os Estados Unidos e todos os defensores do Capitalismo.”(10)

Após 1917 o domínio Russo se estende sobre várias outras repúblicas: Geórgia, Moldávia,Armênia,Ucrânia, Rússia Branca,Usbequistão entre outras. Em 1922 o país adotou o nome de União Soviética.





(9)ver SADER, Emir. Cuba, Chile, Nicarágua: socialismo na América Latina. Col.. História Viva. 9ª Ed. Atual Editora. São Paulo, 1992. p. 5.
(10) ver FIGUEIRA,Divalte Garcia. “História, Novo Ensino Médio” , São Paulo, ed. Ática,2005.

O próximo país a adotar o Socialismo foi a Mongólia, em 1924. Nos demais só a partir da Segunda Guerra Mundial, é que a Economia de mercado se tornou em “Economia Planificada”: Iugoslávia, Albânia, Alemanha Oriental,e Bulgária, em 1945-1946; Polônia e Romênia, em 1947; Tchecoslováquia e Coréia do Norte, em 1948; China e Hungria , em 1949; Cuba em 1959-1961; Vietnã em 1945 e Vietnã do norte em 1975; Laos ,Camboja, Angola, Moçambique e Guiné-Bissau em 1975.
Durante muitas décadas, pareceu que o futuro pertencia ao Socialismo, O mundo Socialista que correspondia a apenas 6% da Humanidade em 1939, abrangia quase 33% em 1988.

MAS AFINAL, O QUÊ É SOCIALISMO?

Um grande numero de estudiosos nunca admitiu usar o termo Socialista para designar qualquer Estado-Nação. Esse conceito tal como ele foi pensado no século XIX pelos fundadores do Socialismo científico, deveria ser aplicado a Sociedades – ou ao mundo inteiro – apenas quando não mais existissem de fato classes sociais e quando houvesse uma grande abundância de bens à disposição de todos, com igualdade quase total entre as pessoas e uma extrema liberdade individual.
Além disso, numa sociedade verdadeiramente socialista o Estado seria totalmente controlado pelos trabalhadores e iria progressivamente perdendo sua força. Com a repartição cada vez mais justa das riquezas, com o desaparecimento das diferenças de classes e da divisão entre o trabalho manual e o intelectual – já que todos seriam igualmente valorizados e teoricamente seria fácil passar de um tipo de serviço para o outro, os órgãos que compõem o Estado (governo,tribunais,prisões, polícia,etc.) seriam cada vez menos necessários. A própria coletividade iria resolvendo democraticamente todos os problemas que surgissem. Numa sociedade deste tipo, com tal grau de mudança de mentalidade, é provável que nem existissem roubos e guerras.
Nessa concepção, o Socialismo seria uma etapa de transição que levaria ao Comunismo,quando então não mais haveria Estado, e todos receberiam de acordo com suas necessidades(e não mais de acordo com seus trabalhos como no Socialismo). Esse modelo de socialismo verdadeiramente democrático e popular, que no século XIX foi tema dos estudos e aspirações de autores clássicos como Marx, Engels e outros, denominava-se Socialismo Ideal. E o socialismo que existiu nas antigas economias planificadas, que em geral seguiram o modelo soviético instituído a partir de 1917, denominava-se Socialismo Real, ou socialismo realmente existente.
Enveredados neste contexto mundial e oprimidos pela política de Batista, surge um grupo de guerrilheiros liderados por Fidel Castro.

ASSALTO AO QUARTEL

Fidel então desacreditado na democracia Cubana devido ao golpe que o impossibilitou de concorrer legalmente as eleições, via então na revolução a única solução para sanar os conflitos sociais em cuba. Assim passou a articular um plano de assalto ao Quartel de Moncada , principal centro militar de Santiago de Cuba.
A intenção de Fidel em articular esse plano resumia-se em tomar o poder e derrubar a ditadura vigente. Com o apoio das armas, convidaria as massas populares à derrubar o governo ditatorial e implantar um governo popular.
Traídos ou vitimados pela falta de experiência militar, Fidel e seu grupo de guerrilheiros, devido a alguns erros estratégicos, não conseguiram concretizar seu plano, tombaram assim sob o experiente exercito do General Batista,restando assim alguns sobreviventes, entre eles o líder Fidel Castro, presos,foram julgados e condenados pelo tribunal Cubano.


A AUTO-DEFESA

Uma vez negado ao líder do levante a possibilidade de ter um advogado de defesa, Fidel, advogado teve de elaborar sua própria defesa:

“Quando falo de povo não me refiro aos setores acomodados e conservadores da nação, os quais acham bom qualquer regime de opressão, qualquer ditadura, qualquer despotismo, prostrando-se diante do senhor da época até quebrar a testa no chão. (...) Ao enfrentar a luta, convocamos o povo, os seicentos mil cubanos que estão sem trabalho, desejando ganhar o pãoo sem trabalho, desejando ganhar o p povo, prostrando-se diante do senhor da atorial do general Fulg de invasir da dominaçhamar honradamente sem ter que emigrar da sua pátria em busca de sustento; os quinhentos mil operários do campo que vivem nos bohíos (11), que trabalham quatro meses no ano, passando fome no tempo restante, compartilhando a miséria com seus filhos, que não têm uma polegada de terra para semear e cuja existência deveria inspirar compaixão, caso não existisse tantos corações de pedra; os quatrocentos operários industriais e braçais, cujos ingressos estão todos desfalcados, cujas conquistas lhes estão sendo arrebatadas, cujas casas são cortiços infernais, cujos salários passam das mãos do patrão para as do garrotero (12), cujo futuro é a redução do salário e dispensa do emprego, cuja vida é o trabalho eterno e cujo descanso é o túmulo; os cem mil pequenos agricultores, que vivem e morrem trabalhando na terra que não é sua, sempre contemplando-a como Moisés contemplava a Terra Prometida, até morrer sem chegar a possuí-la; que tem de pagar, como os servos feudais, por sua parcela, com uma parte de seus produtos, que não podem amar a terra, melhora-la e embeleza-la, nem plantar um cedro ou uma laranjeira, por que ignoram o dia em que virá o oficial de justiça com a guarda rural para dizer-lhes que devem sair; os trinta mil professores primários e demais professores, tão abnegados, sacrificados e necessários para que as futuras gerações tenham um melhor destino, e aos quais se trata e paga tão mal; os vinte mil pequenos comerciantes esmagados pelas dívidas, arruinados pela crise e destruídos por uma praga de funcionários aventureiros e venais; os dez mil jovens profissionais: médicos, engenheiros, advogados, veterinários, pedagogos, dentistas, farmacêuticos, jornalistas, pintores, escultores, etc. , que, ao sair das escolas com seus diplomas, desejosos de lutar e cheios de esperança, encontram-se num beco sem saída, com todas as portas fechadas, surdas ao clamor e à súplica (13)”


“Senhores Juizes:
Jamais um advogado teve que exercer seu mister em condições tão difíceis. Nunca, contra um acusado, foram cometidas tantas irregularidades. Um e outro, neste caso, são a mesma pessoa. Não pude, como advogado, nem sequer ver o sumário, e,como acusado, faz hoje,setenta e seis dias que estou encerrado numa cela solitária, absolutamente incomunicável,num desrespeito completo a todos os preceitos humanos e a todas as prescrições legais...
Impediram da mesma forma que chegassem as minhas mãos os livros de Martí. Parece que a censura da prisão os considerou demasiado subversivos. Ou será porque considerei Martí o autor intelectual do 26 de Julho? Fui impedido,além disso, de trazer a esse julgamento as obras de consulta sobre qualquer matéria. Não importa! Trago no coração os ensinamentos do Mestre e no pensamento as nobres idéias de todos os homens que defenderam a liberdade dos povos...
Em que país vive o senhor promotor?Quem, lhe disse que promovemos levante contra os poderes CONSTITUCIONAIS DO ESTADO?...
Por mais que se espiche, se encolha ou se remende, nem uma só virgula do artigo 148 é aplicável aos fatos de 26 de Julho.”(14)


(11) cabana feita de madeira e ramos, sem nenhuma abertura além da porta (N. do E.)
(12) Agiota (N. do E.)
(13) CASTRO, Fidel. A História me absolverá. Ed. Expressão Popular. São Paulo, 2005. pp. 34-36.
(14) CASTRO, Fidel. A História me absolverá. Ed. Expressão Popular. São Paulo, 2005. pp.5-18.


Depois de cumprir a pena que lhe foi imposta, exila-se no México onde vai conhecer uma personalidade fundamental para o desencadear da entrada triunfal em Havana em 1º de Janeiro de 1959, Ernesto “Che” Guevara, que o ajudará a organizar as investidas contra a ditadura de Batista.



ENFIM, REFORÇOS

Ernesto “Che”Guevara Argentino,Médico,andarilho e guerrilheiro,tornou-se dirigente do estado Cubano, devida sua importante atuação na guerrilha desencadeada para suprimir o cenário opressor vigente em cuba.

...“ Poder-se-ia dizer que em todos os pensadores Marxistas- do próprio Marx e de Engels, a Lênin e Rosa, Trotski, Gramsci, lukacs,Mão – a obra teórica aparece indissoluvelmente vinculada a prática em que estão engajadas.
Mas essas obras contêm sempre sistematizações teóricas que exigiram uma atividade especifica de elaboração e alcançaram níveis de generalizações que ultrapassaram em muito o momento vivido. No caso do Che, talvez a brevidade de sua vida ou a intensidade de seus engajamentos deram a sua obra um caráter particularmente precário...
Pois a obra do Che se desenvolveu nos estreitos limites entre uma ação absorvente e uma morte breve. Quando se lançou a luta armada, Guevara não era portador de nenhuma originalidade teórica, nem representante de alguma corrente particular do movimento político.Ele apenas apontava para uma alternativa para os impasses de uma situação histórica.É o significativo que praticamente todos os seus escritos sejam posteriores à tomada do poder em cuba. Uma vez que provada a viabilidade de uma ação, ele se dispôs a tirar seus ensinamentos e a combater as idéias que considerou caducas. Quando sua ação perdeu eficácia, ele morreu com ela.”(15)

Eder Sader,desenvolve nesta discussão o argumento que a importância de Guevara não vem do rigor teórico,que carregava,e sim na capacidade de reagir a uma situação de impasse, formulando proposições concretas de ação e enfrentando as exigências decorrentes.Sua teoria não é uma livre construção do espírito: é a teoria de uma prática que alterou as condições sociais no continente.

(15) ver Sader,Eder. “Che Guevara - Política”,São Paulo, ed. Expressão Popular,2004, p12-13.


NOVAS TENTATIVAS

No período em que esteve no exílio Fidel já havia se encarregado da divulgação de suas idéias na ilha, e assim ao retornar contava não só com o apoio de Guevara, mas também com o apoio de uma parcela da sociedade que teve de alguma forma contato com suas idéias e assim se identificou com elas.
Inicia-se assim a articulação e execução de ataques frustrados ao governo, não havendo opção a guerrilha refugiam-se no complexo de montanhas de Sierra Maestra, contando agora com o apoio dos camponeses da região descontentes com sua condição e simpatizantes aos ideais revolucionários da guerrilha.

“Os sobreviventes, em número de doze, entre eles o próprio Fidel Castro, seu irmão, Raul e Che Guevara, deram início então à terceira etapa pelo poder, depois da tentativa de assalto ao quartel de Moncada e do fracassado desembarque: começaram uma guerra de guerrilha rural. Buscando apoio direto nos camponeses da região oriental de Cuba, especialmente na Sierra Maestra, o sistema de montanhas mais alto do país. O terreno se adequava à luta de um pequeno grupo de homens que se valeria da simpatia da população local com sua reivindicação de reforma agrária, utilizando a mobilidade e a surpresa para hostilizar as tropas do exército, muito superior em homens e armamento ao pequeno núcleo guerrilheiro.(16)



A guerrilha assumirá a partir de então, uma outra forma, ou seja, a aproximação com os camponeses ansiosos por uma reforma agrária trará a Fidel uma nova concepção revolucionária que possivelmente, arrisco a afirmar, trouxe este caráter radical a guerrilha,dando a este momento histórico seu caráter peculiar.








(16) SADER, Emir. Cuba, Chile, Nicarágua: socialismo na América Latina. Col. História Viva. 9ª Ed. Atual Editora. São Paulo, 1992. p. 12-13.
POR FIM, A REVOLUÇÃO

O movimento amadurece, toma corpo, forma e destaque a ponto de ruir as antigas bases ditatoriais de Batista e assim temos a tão esperada tomada do poder por conta dos guerrilheiros, que ousam deixar a serra e avançar sob o inimigo:

As colunas rebeldes avançaram em todas as direções no resto do território nacional sem que nada pudesse detê-las. Se um comandante cai, outro ocupa seu posto. O povo de Cuba deve preparar-se para auxiliar nossos combatentes. Cada povoado (...) pode converter-se em campo de batalha. A população civil deve ficar prevenida para poder suportar valorosamente as privações da guerra (...) (17)


Neste ponto, a imagem de Batista já era totalmente repudiada não só pelo povo mas também pelos Estados Unidos o qual ele era representente,e, não podendo mais se sustentar no poder, a ditadura de Batista teve de ceder a Revolução, no final de 1958, os revolucionários conseguiram tomar o poder e ocupar as ruas da Capital.
São de Guevara as palavras:

Que fizemos nós para nos libertarmos desse poderoso sistema imperialista, com seu cortejo de governos fantoches em cada país e seus exércitos mercenários defendendo esse completo sistema da exploração do homem sobre o homem? As condições objetivas para a luta eram fornecidas pela fome do povo e, em reação contra essa fome, pelo terror que convocava à reação popular e pela vaga de ódio que a repressão criava por si mesma. Faltava na América as condições subjetivas, a mais importante das quais sendo a consciência de uma vitória possível, através de uma luta violenta contra o poder imperialista e seus aliados internos. Essas condições foram criadas por nossa luta armada, que permitiu tornar mais clara a necessidade de uma mudança, possibilitando também a derrota e a liquidação total do exército (condições indispensáveis a toda revolução verdadeira) pelas forças populares.
Nossa força armada, criada nos campos, conquistou as cidades, a partir do exterior, uniu-se com a classe operária e desenvolveu seu senso político no contato com esta última.









(17) Comunicado de Fidel Castro, em agosto de 1958. TUTTINO, S. In: História das Sociedades Americanas. p.398.
ENCERADO AS COMEMORAÇÕES DA VITÓRIA REVOLUCIONÁRIA, E AGORA? O QUÊ FAZER?

Inicia-se então um novo tempo em Cuba, Fidel, ao assumir o cargo de Príncipe atrai para si a responsabilidade de ao mesmo tempo dominar e seduzir a “virtu”, deusa grega que erroneamente é traduzida por “virtude” , mas para atingir este objetivo, o mesmo deverá atuar com “mãos-de-ferro” ,e personificar uma imagem implacável . Desta forma assume Fidel Castro as “rédeas” da ilha, no intuito de conter as investidas e os ataques norte-americanos , este de forma eficaz atrai para si o total apoio da grande massa, iniciando assim uma reforma total nos setores Políticos,Econômicos e Sociais.
Suas mudanças obedeceram os seguintes critérios:

• Estatização das empresas privadas(entre elas as produtoras de açúcar que representava a atividade econômica mais lucrativa da ilha)
•Confisco de bens pertencentes a elite norte-americana e cubana
•Baixa nos preços dos serviços considerados essenciais, como fornecimento de energia elétrica e aluguéis
•Gratuidade em serviços nas áreas de saúde e educação e transporte
Neste ponto podemos perceber o grande avanço social obtido neste período, onde propicia a totalidade da população, condições essenciais e necessárias para uma vida mínima, privando é claro, esta sociedade do luxo social fragmentário presente nas comunidades capitalistas.

DECLARANDO GUERRA AO ANALFABETISMO
Identificaremos neste período algo inédito, toda a população sendo mobilizada para acabar com o analfabetismo do país prova concreta que definitivamente a sociedade assumiu completamente o caráter Político-Revolucionário.

CONTRA-ATAQUE NORTE-AMERICANO

Da mesma forma que Fidel adquiria o apoio das classes sociais cubanas, também com a mesma velocidade, adquiria opositores, entre eles, a elite nacional e a inimizade eterna dos EUA.
Inicia-se por parte da oposição um movimento para a derrubada de Fidel, e após várias investidas, os Estados Unidos não vê outra alternativa senão boicotar Cuba através de um embargo econômico.

“No plano internacional o relacionamento Cuba-EUA tendeu a se tornar conflitante devido à contradição entre os interesses econômicos e financeiro norte-americanos e as diretrizes revolucionárias (...)
A redução da cota do açúcar comprado a Cuba, logo seguida da supressão total; a suspensão de todas as exportações para Cuba, reforçando a pressão econômica; o envolvimento com os grupos de exilados cubanos que projetavam atacar Cuba, seja mediante incursões aéreas partidas da Flórida desde outubro de 1959, seja dos refugiados na Guatemala, onde forças contra-revolucionárias passaram a ser mais armadas e treinadas por norte-americanos (...) violenta campanha anti-castrista na imprensa norte-americana ...”(18)


PROTEÇÃO SOVIÉTICA, ALTERNATIVA OU FALTA DE ALTERNATIVA?


Devido provavelmente a falta de opção, Fidel vê-se na necessidade de se aliar a potencia Socialista da época , algo que não combinava com sua personalidade(fazer alianças) atraindo ainda mais a ira norte-americana , desencadeando em plena guerra fria uma maior complexificação da mesma, onde encontraremos e conflito dos Mísseis.
Porém se o apoio Soviético trouxe alivio para Cuba teremos posteriormente um grave problema, O FIM DA URSS, neste período a ótica capitalista volta-se para Cuba, esperando sua queda, no entanto, mais uma vez, Cuba revela ao mundo que sua economia atingiu um patamar de maturidade e consistência suficiente para “Caminhar com suas Próprias Pernas”.





(18) ver MORRIS, R. B. Documentos Básicos da História dos Estados Unidos. pp. 181 – 183. In: História da sociedades Americanas. P. 400.


CUBA HOJE, 20 ANOS DE REVOLUÇÃO
Jorge Escosteguy, em sua obra “Cuba hoje-20 anos de Revolução” deixa-nos claro e evidente o cotidiano vivido na ilha de Cuba, são suas as palavras:
“Cuba, hoje, é um país institucionalizado,com diretrizes e mecanismos de governo bem definidos. A revolução consolidou-se, superou suas fases mais agudas de romantismo,de projetos idealistas e de sectarismo... Quando não a mais irrestrita solidariedade de muitos paises, especialmente de Terceiro mundo. O povo Cubano constrói sua sociedade socialista em relativa paz e vive em condições materiais bem melhores do que há dez,quinze, ou vinte anos. Ainda que controlados e distribuídos com austeridade, há alimentos,roupas e moradia para todos.
A educação e a saúde são gratuitas e o direito ao trabalho é sagrado. (19)
E mais, ao que concerne a liberdade de imprensa amplamente criticado pelos EUA:

Cuba é um dos países mais citados entre os que não permitem a liberdade de imprensa. O que pensam disso os jornalistas cubanos?

Ao que Angel Guerra, editor do Semanário Bohemia respondeu:

Nós, jornalistas cubanos, não acreditamos em uma só palavra do conceito burguês de liberdade de imprensa. Sabemos que nos países capitalistas existe a liberdade de impressão, e não de imprensa. E a liberdade de impressão está nas mãos dos poderosos, dos proprietários dos chamados “meios de comunicação”. E eu nunca vi um deles combater o capitalismo. Onde os jornais são da burguesia, não pode haver liberdade de imprensa. Afirmar isso seria cínico, hipócrita. Que liberdade de imprensa pode haver em países onde se concentra cada vez mais a propriedade, onde uma só pessoa é dona de vários jornais?(...)(20)

então, em primeiro lugar, o papel da imprensa numa sociedade socialista, que pertence ao povo, ao estado, que é um estado operário, camponês, dos intelectuais, da maioria – o papel da imprensa aqui é o de difundir as idéias do socialismo, difundir o heroísmo do povo na construção do socialismo, difundir o heroísmo do povo na construção do socialismo; é apoiar a luta dos povos em favor de sua libertação na América Latina, na Ásia, na África; é trabalhar em favor da paz e da distensão internacional; é recolher a opinião do povo sobre a gestão do estado revolucionário para assegurar que a política do partido se cumpra na gestão estatal e que as inquietações das massas em relação às deficiências, aos erros, à negligência, ao burocratismo, à indolência dentro da gestão estatal sejam refletidas nas páginas da imprensa.(21)




(19) ver ESCOSTEGUY, Jorge. Cuba Hoje: 20 anos de revolução. Editora Alfa-ômega. São Paulo, 1978.
(20) ESCOSTEGUY, J. Cuba Hoje: 20 anos de revolução. Editora Alfa-Ômega. São Paulo, 1979, pp 151-152.
(21)opus cit.
CONQUISTAS DA REVOLUÇÃO


-Expropriou as terras dos latifúndios
-Deu início à distribuição de terras a duzentas mil famílias
-Decreta a redução de 50 % nos aluguéis, 25 % nos preços de livros escolares, 30 % nas tarifas de eletricidade e em quantidades variadas nos preços de remédios
-Fechou cassinos e casas de prostituição, confiscou propriedades da máfia norte-americana e combateu o tráfico de drogas.
-Criou-se o Instituto Cubano de Arte e Indústria Cinematográfica (ICAIC), com o objetivo de incentivar a produção cinematográfica cubana, fundou-se a Casa das Américas, com o objetivo de promover a integração cultural da América Latina.
-Procedeu-se com uma reforma democrática das universidades e uma reforma do ensino básico, incluindo na formação básica o incentivo e a prática do trabalho e do esporte.
-Estatizou a produção, ao mesmo tempo que se incentivava os jovens a trabalharem no campo nas grandes plantações de cana-de-açúcar e de tabaco.

CONCLUSÃO

Cuba atravessa o século XX, e nele consegue concentrar a inicial exploração Capitalista, a política de transição de mentalidade e a construção e consolidação de um sistema Socialista e humanitário, tentando ao máximo minimizar os conflitos e diferenças Sociais, assim é claro, longe de querer agradar a “gregos e troianos” Fidel, articula executa e amadurece sua Política Social baseada na tentativa de Formular uma tão sonhada Democracia em Cuba, no sentido mais pleno da palavra.
Em detrimento a isto é claro que existem ainda vários pontos de deficiência a serem sanados, como a falta de bens de consumo industrializados em larga escala, mas não obstante a isto, a Revolução adentra o Século XXI com uma marcha “Impoluta” e constante provando assim que resistir a exploração capitalista É PLENAMENTE POSSÍVEL, E Desta forma torna-se fácil afirmar que esta luta não é de Fidel, e sim de grande parte da nação Cubana.



Bibliografia Básica


CASTRO, Fidel. A História me absolverá. 5ª Edição. Ed. Alfa-Ômega. São Paulo, 1986.

ESCOSTEGUY, J. Cuba Hoje: 20 anos de Revolução. Ed. Alfa-Ômega. São Paulo, 1979.
SADER, Emir . Cuba, Chile, Nicarágua: socialismo na América Latina. Col. História viva. 9ª ed. Atual Editora. São Paulo, 1992.

SADER, Eder.“ Che Guevara-Política”,São Paulo, ed. Expressão Popular, 2004

SANTOS,Marcos F. “Imagens de Cuba, A esperança na esquina do mundo”,São Paulo, ed. Zouk, 2002.



Bibliografia Suplementar

AQUINO, Rubim Santos Leão de. & JESUS, Nivaldo Freitas de Lemos & OSCAR Guilherme Pahl Campos Lopes. História das sociedades americanas. Ed. Ao Livro Técnico. Rio de Janeiro, 1990.

MORAIS, F. A Ilha (Um repórter brasileiro no país de Fidel Castro). Ed. Alfa-Ômega. São Paulo, 1977.

SADER, Emir. A Revolução Cubana. Col. Guerra e Paz. Ed. Moderna. São Paulo, 1985.


CÁCERES,Florival.“História da América”,São Paulo, ed. Moderna, 1980.

GUEVARA, “Che”. Revolução Cubana. Trad. De Juan Martinez De La Cruz. São Paulo, edições Populares, 1981.

VESENTINI,William J.“ Sociedade e Espaço- Geografia Geral e do Brasil”,São Paulo,ed. Ática ,1998.

COTRIM,Gilberto.“História e Consciência do Mundo, São Paulo, ed. Saraiva,1994.

FIGUEIRA,Divalte Garcia. “História Divalte”,São Paulo, ed. Ática, 2005.









Índice


Introdução...................................................................................................................1
Re-evolução cubana....................................................................................................2
Início da exploração: a dominação espanhola............................................................2
Características da Cuba colônia..................................................................................4
A luta pela independência...........................................................................................4
Entre a cruz e a espada................................................................................................5
Política neo-colonizante dos E.U.A............................................................................6
Socialismo antídoto?...................................................................................................8
Mais afinal o que é socialismo?..................................................................................9
Assalto ao quartel.....................................................................................................10
A auto-defesa............................................................................................................10
Em fim, reforços.......................................................................................................12
Novas tentativas........................................................................................................13
Por fim, a Revolução................................................................................................14
Encerrado as comemorações da vitória revolucionária, e agora?
o que fazer?...............................................................................................................15
Declarando guerra ao analfabetismo........................................................................15
Contra-ataque norte-americano................................................................................15
Proteção soviética, alternativa ou falta de alternativa..............................................16
Cuba hoje: 20 anos de revolução.............................................................................17
Conquistas da revolução..........................................................................................18
Conclusão.................................................................................................................18
Bibliografia...............................................................................................................19

Nenhum comentário:

Postar um comentário